Um Pouco sobre Monark 10

Marca sueca tradicional fabricante de bicicletas de passeio masculinas e femininas ao longo dos anos 40 e 50, a Monark aventura-se nas competições no início dos anos 60 com seu próprio nome e também com o brasão Crescent, com imagem totalmente voltada para competição de alta qualidade




No Brasil o nome Monark aparece em 1948, apenas como importadora. Seus produtos são sucesso. As bicicletas suecas rapidamente dominam o mercado das inglesas, alemãs, francesas e italianas pois oferecem cores mais alegres, muito conforto e preços melhores. Já fabricando bicicletas em solo nacional a Monark torna-se um gigante, vendendo aos milhares bicicletas masculinas, femininas e utilitárias. É no começo dos anos 70 que a empresa se mexe, quando a maior concorrente, a Caloi, lança a Caloi 10, abrindo um novo e promissor mercado das bicicletas voltadas para o lazer.



Mais que natural, portanto, as Monark 10 tomarem como base os famosos modelos do país de origem. Tanto é assim que a primeira Monark no estilo competição chama-se Crescent. O modelo utiliza peças de um fabricante japonês que despontava no mercado mundial: a Shimano! A Crescent é oferecida também em versão de 5 marchas e também no aro 22 polegadas. Com o avanço da Caloi 10 no mercado, a Monark fragmenta sua linha das 10 marchas: surge a Monark 10 (modelo básico, câmbios, freios, cubos e demais partes em aço cromado); Monark Super 10 (peças de alumínio, grupo Shimano Tourney, mas ainda cubos em aço e sem blocagens) e a top de linha Monark Crescent (todas partes Shimano, cubos de alumínio com blocagens). O preço mais em conta faz as Monark 10 tornarem-se bem populares, enquanto as Super 10 e Crescent são mais raras. Às beiras dos anos 80 a Monark 10 passa a chamar 10 Super, a Crescent e a Super 10 saem de linha dando lugar ao famoso modelo Pósitron, com o primeiro câmbio indexado vendido no Brasil! Em meados dos anos 80 a qualidade cai bastante, ficando apenas a Monark 10 Super no catálogo, já com peças nacionais. Sai de linha melancólicamente.



Como curiosidades, destaco que as Monark suecas sempre utilizaram peças e grupos de fabricantes de renome, enquanto as Crescent utilizavam grupos Campagnolo, top de linha mundial!! No Brasil a série Crescent sempre teve os cachimbos dos quadros diferenciados, sendo que muitos consideram como “quadros suecos”. Da mesma maneira as primeiras Pósitron, ganhando fama que seus quadros provinham da Europa. A qualidade se foi ao longo dos anos 80 não apenas para as Monark; as Caloi 10 também perderam componentes e não eram nem sombra dos primeiros modelos...

FONTE: JOHN TL